No dia 8 de agosto de 2019, o campus da Praia Vermelha, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sediou o Conexão Pós — Encontro de Pesquisas dos Programas de Pós-Graduação da Escola de Comunicação (ECO-UFRJ). O evento tem o objetivo de integrar as pesquisas acadêmicas e promover a comunicação entre docentes e discentes dos quatro programas ligados à ECO: PPGAC - Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena; PPGCOM - Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura; PPGTLCOM - Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Tecnologias da Informação; e PPGCI - Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, este desenvolvido em convênio com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT).
No encontro, cinco participantes do Escritos, todas mestrandas ou doutorandas do PPGCI, apresentaram parte das pesquisas que desenvolvem na pós-graduação. No GT 5 (Redes de informação, ciência, gestão do conhecimento), a doutoranda Ana Lúcia Borges apresentou o trabalho “Estado na era das 'bolhas': o Laboratório Hacker da Câmara dos Deputados como experimento de participação cidadã digital no regime global emergente de informação”, em que discutiu o uso das tecnologias, pelo poder público, para a ampliação da cidadania no ambiente digital. No mesmo GT, Arlete Nery trouxe para o Conexão Pós sua pesquisa de mestrado “Reinvenção dos Afetos e Novas Representações do Sujeito”, que vem investigando os relacionamentos familiares no ambiente de grupos de WhatsApp.
Ainda no GT5, Talita Figueiredo apresentou o trabalho “Meu primeiro celular: iniciativas para desenvolver a competência crítica (infantil) em informação”, pesquisa em que a mestranda pretende mapear as principais estratégias que respondem aos riscos e benefícios do uso de internet por crianças brasileiras, de forma a contribuir para a elaboração de políticas públicas que possam desenvolver competências informacionais preconizadas nas diretrizes e orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Já no GT11 (Tecnopolítica, vigilância, subjetividade), a doutoranda Anna Brisola apresentou o trabalho “Competência crítica em informação como resistência: Diagnósticos e caminhos ante as distopias informacionais da Sociedade da Desinformação”, baseado no texto de qualificação de sua tese. A exposição articulou a necessidade da competência crítica em informação para o exercício da cidadania e como resistência aos mecanismos de desinformação e distopias informativas contemporâneas, pontuando a importância de uma educação emancipadora, formadora do pensamento crítico e que desperte a curiosidade e o gosto pela informação e pelo conhecimento.
No GT6 (Audiovisual, Educação e Mídia), a doutoranda Andréa Doyle, além de atuar como mediadora, apresentou o trabalho “Competência crítica em informação e inteligência artificial: primeiras aproximações”, em que oferece um panorama dos estudos e aplicações da Information Literacy no Brasil, EUA e Europa, bem como considerações sobre a relação entre humanos e máquinas hoje (marcada pela onipresença de técnicas de inteligência artificial) e a necessidade de tratar do tema nos estudos de competência crítica em informação.
Por fim, a doutoranda Camila Costa participou do GT7 (Imagem, Dispositivo, Literatura, Fronteiras da Arte) apresentando o trabalho “Auto de Resistência: violações de direitos humanos, registros policiais e documentos de arquivo no Brasil pós-1988”, em que discorre sobre as maneiras como os documentos, mesmo após a promulgação da Constituição Federal de 1988, são utilizados para encobrir violações de direitos humanos no Brasil.
O caderno de resumos do evento está disponível para consulta em: http://parlamidia.com/conexaopos2019/caderno-resumos.pdf